Serão os animais inteligentes?
Esta é uma das questões que mais se coloca atualmente.
A inteligência animal ou mais recentemente apelidada de cognição animal abrange o campo das capacidades mentais dos animais e é influenciada pela etologia, pelo “behaviourismo” e pela psicologia evolucionária.
É preciso, no entanto, esclarecer que por animal se designam todas as formas animais excluindo o homem apesar de no sentido lato “animal” se referir a todas as espécies contidas no reino “Animmalia”.
Inteligência Animal
Chimpanzés-
Na floresta Kibale, no Uganda, uma família dechimpanzés alimenta-se no alto de uma figueira. Quando termina
a refeição, a mãe e os dois filhos saltam para outra árvore.
Mas falta coragem ao filho mais fraco, que fica onde está.
A cria paralisada começa a gritar. Para ajudá-la, a mãe aproxima-se e
balança a figueira para os lados, até aproximá-la da árvore vizinha. Ela então, agarra um ramo e com o corpo forma uma ponte natural por onde a
cria atravessa sã e salva. Esta cena foi
presenciada em 1987 pelo psicólogo Marc Hauser,
possibilita-nos saber o quão inteligentes
podem ser os chimpanzés; pois ao depararam-se com uma situação nova e difícil, estes
conseguiram resolvê-la da melhor maneira possível. Assim o pequeno Chimpanzé pôde
ultrapassar os seus medos e continuar com a sua família.
Peixes
Durante muito
tempo pensou-se que os peixes teriam memória de apenas três segundos. Mas estudos recentes mostram que isso é mentira. Estes animais são capazes de se lembrar e ainda guardam as
informações a longo prazo. Foi o que comprovou o pesquisador Culum Brown. Ele prendeu um grupo de peixes arco-íris australianos num tanque e treinou-os para encontrar uma saída. Após cinco
tentativas, todos conseguiam achá-la.
Onze meses depois, o pesquisador refez o teste. Dessa vez, os peixes
localizaram a saída à primeira tentativa. Graças à memória, peixes também
reconhecem outros indivíduos. Ao presenciarem uma luta, o animal não apenas retém informações,
como cria um “ranking” de lutadores. No futuro, ele evitará “confrontos” com os mais
fortes. Os cardumes também são capazes de aprender a sair de redes e a reter
informações que os protegem dos predadores.
Aranhas
Traços de memória
também foram detectados nas aranhas.
Antes vistas com um simples insecto, elas têm surpreendido os cientistas. Um estudo a apontar
nesse sentido
foi feito por César Ades, que analisou a reacção da aranha-dos-jardins. De um modo geral, quando um insecto cai na teia, a aranha libera um veneno
paralisante e envolve a sua presa com fios de
seda para levá-la ao centro da teia, onde vai devorá-la. Se nesse tempo outro animal for capturado, a aranha
deixa a primeira presa amarrada e corre
até a nova para repetir o procedimento. César descobriu que,
para reencontrar a primeira presa, a aranha depende da memória. Para chegar a essa conclusão, ele retirou uma mosca
amarrada na periferia, e percebeu
que a aranha, sem contar com a ajuda de um marcador, voltava exactamente
ao local onde a presa estava originalmente saída à
primeira tentativa. Graças à memória, peixes também reconhecem outros indivíduos. Ao
presenciarem uma luta, o
animal não apenas retém informações, como cria um “ranking” de lutadores. No futuro, ele
evitará “confrontos” com os mais fortes. Os cardumes também são capazes de a prender a sair de redes e a reter informações que os protegem dos predadores.
Golfinho
No seu meio
natural os golfinhos estão bem preparados para perceber ,
reconhecer , categorizar e lembrar-se de uma multidão de
sons e registos visuais que captam através dos seus sentidos visuaiseauditivos . As fontes de sons
diferentes , ou os alvos e as características dos alvos
que formam diferentes espectros de eco , são provavelmente aprendidos através de um certo período de
tempo de contacto com esses sons e com a verificação das fontes e dos
alvos . A verificação pode ser feita
através da identificação visual de uma fonte ou de um alvo, através da
generalização do que é conhecido de outras fontes similares de sons ou de alvos
, através da observação social das respostas de outros golfinhos aos sons, nos jovens possivelmente
através de algum grau de ensino
pelos adultos.
Cães
O cão, vive com o
Homem à cerca de 100 mil anos, daí expressão “O cão
é o melhor amigo do Homem”. Mas porque é que o cão e o homem, se vivem há tanto tempo juntos não se conseguem comunicar na mesma língua? Na realidade, não é uma questão de inteligência, mas sim de hábito entre as duas espécies; eles conseguem identificar se estamos enervados ou tristes,
contentes ou aflitos. Os cães são capazes de
aprender, de pensar e de resolver problemas. Há raças mais
fáceis de treinar do que outras. No entanto, até o cão mais
distraído ou desobediente é mais fácil de treinar do que um gato.
Os cães, no entanto, aprendem sozinhos varias coisas que lhes permitem viver em sociedade, quer com outros
animais quer com seres humanos. Por
exemplo, os cães adultos treinam os cães jovens corrigindo as suas
atitudes e congratulando-os pelos seus bons actos. A capacidade de
aprender está em todos os cães, mas é preciso que os donos tenham mais paciência nuns do que noutros.
Há pessoas que acreditam
que a inteligência dos cães se mede com a velocidade de aprendizagem,
o que não é verdade. Por exemplo, diz-se que os cães guia não são muito inteligentes porque não procuram coisas
novas para fazer. No entanto,
um cão guia tem que aprender inúmeros comandos, saber como actuar
nas mais diversas situações, compreender os perigos, entre outros, que
só com uma grande inteligência é que podem ser assimilados e postos em prática.
Porcos
Os porcos são
muitas vezes comparados a cães, por
serem animais simpáticos, leais e inteligentes. Na verdade,
os porcos são ainda mais inteligentes do que os cães.
Se tivessem oportunidade de o fazer, e se fossem bem tratados, conviveriam com gosto com os humanos, que
lhes despertam tanta curiosidade. Estudos recentes de especialistas em psicologia e
cognição animal mostraram
que os porcos conseguem saber o que passa pela cabeça de outros porcos. Têm também grande autonomia, tomando
as suas próprias decisões de modo a
conseguirem alcançar os objectivos que pretendem. Os porcos sonham, reconhecem os seus nomes, gostam de
ouvir música, de brincar
com bolas e outros objectos, e à semelhança dos humanos, gostam muito
de receber massagens. Não perdendo oportunidades para brincar – o que reflecte a sua inteligência e sociabilidade –,
os leitões e mesmo os porcos
adultos são capazes de passar horas a brincar ou simplesmente deitados
ao sol. Os porcos têm a necessidade de explorar o seu ambiente,
o que tanto gostam de
fazer, recorrendo grandemente ao seu nariz tão sensível, dada a sua enorme capacidade olfactiva. São animais
que criam laços de amizade
fortes e que se protegem uns aos outros. Capazes de reconhecer entre 20 e 30 indivíduos diferentes, incluindo humanos, os porcos
habitualmente
cumprimentam os seus amigos por contacto nariz-a-nariz ou emitindo
sons de saudação.
Pombos
Os pombos possuem como qualidade especifica a sociabilidade, isto é, aquando no ar evidenciam um tendência para se reunirem com os seus semelhantes de modo a poderem voar com eles
numa sincronização perfeita de movimentos e quase em contacto mútuo. Os pombos revelam um certo nível de inteligência, facto que leva a
supor a existência de uma certa flexibilidade mental. Graças a ela, pode
modificar-se o comportamento instintivo através da aprendizagem, adaptando-a á experiência adquirida no
decurso do ensino.
Fonte: http://pt.scribd.com/doc/9114119/A-Inteligencia-Dos-Animais